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A visita da Anfisbena

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Hoje apareceu uma anfisbena ( Amphisbaena carvalhoi ) aqui em casa, entrou por debaixo do portão da garagem. E eu tratei de capturar e registrar a visita ilustre. A bichinha se mostrou bastante irritada por ter sido capturada. Até arrumei uma minhoca pra ver se ela queria um petisco, mas ignorou solenemente o lanche. A anfisbena pouco antes de ser recepcionada. Comparação injusta com uma minhoca que também estava fugindo da chuva. Detalhe dos olhinhos de micro-miçanga. Essa não foi a primeira anfisbena a aparecer por aqui. A primeira apareceu mês passado e conseguiu entrar na sala e assustar todo mundo, e hoje mora num dos canteiros da horta. As anfisbenas, popularmente conhecidas como cobras-de-duas-cabeças (por causa do formato da cauda) são répteis comumente confundidas com cobras-cegas (essas são anfíbios), mas não são nem cobras nem lagartos, pertencendo a uma classe própria de répteis sem membros que usam a cabeça pra escavar túneis no solo e comer insetos desavisados. Ap...

Golden Luke Retriever

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Esse é o Luke, o golden retriever (que eu sempre chamo de Labrador por alguma razão) de uma conhecida.  Lápis de cor Faber-Castell Polychromos sobre papel Hahnemühle Nostalgie 190g/m².   A técnica que eu uso para retratos maiores é traçar uma grade sobre o papel, cada quadrado tem 3 cm de lado. Também faço isso com a imagem original, usando o Adobe Illustrator. Aí é usar as linhas como referência para os contornos maiores, delimitando e definindo as formas gerais, o posicionamento correto dos elementos (olhos, orelhas, boca e nariz, cabeça, ombro perna e pé). Normalmente levo algumas horas para concluir essa parte. Fiz assim. A imagem ficou muito clara porque não posso pesar no lápis sob risco de não conseguir apagar depois ou de borrar tudo. Depois é colorir tudo, que é a parte demorada do processo. Dependendo do estado de espírito, de compromissos externos e outros fatores, posso levar de 8 horas a um bocado de dias, fazendo sempre em etapas e começando pelos olhos (gosto de...

Touché

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    Dentro de uma mansão francesa que esteve lacrada por mais de um século, exploradores descobriram uma extraordinária coleção de rãs empalhadas. Esses simpáticos anfíbios estavam posicionados em elaboradas cenas que imitavam humanos — tocando instrumentos, frequentando a escola, recebendo visitas e a maravilhosa cena de duelo da imagem deste post — exibindo a arte excêntrica popular na França do século XIX. Cada época tem seus memes. A coleção provavelmente pertencia a um aristocrata rico ou a um naturalista fascinado por exibições antropomórficas. Congeladas no tempo, as rãs permaneceram perfeitamente preservadas, oferecendo um raro vislumbre da cultura da curiosidade da era vitoriana, na qual a taxidermia era tanto uma busca científica quanto uma forma lúdica de contar histórias.

Tuli

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Sim, também faço retratos de gatos.   

Coletânea de artes artísticas

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Já faz um tempo que não posto nada por aqui, quase um mês. Não posso dizer que os últimos dias foram de calmaria, porque não foram, c'est la vie, mes amis . No entanto, estamos aqui e é isso que importa. E para compensar a ausência de publicações deste dileto veículo, uma publicação. Uma coletânea de algumas das minhas ilustrações mais recentes. Coruja-buraqueira ( Athene cunicularia ) Sanhaço-cinzento ( Thraupis sayaca ) Corrupião ( Icterus jamacaii ) Araçari-banana ( Pteroglossus bailloni ) Periquito-rei ( Eupsittula aurea )   Ainda tenho outras ilustrações para finalizar e digitalizar, algumas já fizeram aniversário na pasta de ilustrações, um dia chega a vez delas e aí eu monto uma exposição em alguma galeria de arte… a não ser que chegue um monte de encomendas — elas têm prioridade, obviamente. Mas divago. Eu pergunto a vocês, estimados telespectadores: qual das aves de hoje é a sua favorita? Diz aí nos comentários.

Palette d'artiste

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  Essa é a minha "paleta", que uso como referência pra escolher quais lápis usar. Basicamente amostras de cada lápis de cor que tenho — incluindo outros tipos de lápis, como os lápis pastel e lápis cópia. São 86 lápis no total. Na prática eu simplesmente pego o papel e aproximo da imagem de referência pra ver qual é o tom mais apropriado, não tem muita cerimônia. Com o tempo e o costume às vezes nem faço isso; uma olhada na cartela já basta.

Café!

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  E lá se vai mais uma semana. Que nota você dá para a sua?

Caburé-da-Amazônia

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Esse é um caburé-da-amazônia com heterocromia (quando os olhos são de cores diferentes, acontece muito com gatos).  Fiz a partir de uma foto do Wiki Aves (vale a pena a visita) e finalizei no dia 29 de junho (!). A pena no caderno é de coruja, mas ainda não consegui identificar a espécie (quase impossível). Mas como por aqui tem bastante caburé e coruja-buraqueira, essas são as principais suspeitas. 🔬 Glaucidium hardyi 🇬🇧 Amazonian Pygmy-Owl 🖌️ Lápis de cor sobre papel 190g. 

Quadrado mágico

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London Fog

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A imagem é ilustrativa, mas bem próxima do resultado real. Confia. Há muito, muito tempo, numa terra distante, eu comprei uma caixa de chá Twinings, sabor Earl Grey. Comprei mais por curiosidade que por conhecer o tal sabor — que não passa de uma mistura de chá preto e casca de tangerina. Algum tempo depois, enquanto perambulava pelo Pinterest, descobri que existia uma receita de chá chamada 𝔏𝔬𝔫𝔡𝔬𝔫 𝔉𝔬𝔤 , e fiquei deslumbrado com todas aquelas fotos esteticamente apelativas de xícaras e espumas e ambientes impossíveis de se reproduzir quando se vive no Brasil. Mas eu precisava fazer aquela receita! Pinterest sendo Pinterest. Eu sempre me desafiei a fazer as receitas que encontro no Pinterest ou em outros sítios das interwebs — algumas eu fiz apenas uma vez, enquanto outras eu faço regularmente até hoje. E, nesse clima terrível de desafio, decidi que faria o London Fog, já que, por sorte ou equilíbrio cósmico, eu tinha em casa o tal do Earl Grey — peça-chave para a receita. Acre...